A brisa de gerações passadas sopram por sobre a alma do visitante.
A beleza é essencial, o rascunho do inatingível faz-se presente, o brilho, as formas, as cores… Beleza que prossegue nos sons das orações, o cantar sincronizado dos monges, a simetria do som que desde seus corpos toma aos nossos, elevando-nos o coração em direção à eternidade.
O badalar dos sinos prossegue e já nao somos mais alguns, mas sim um, almas unidas na adoração do eterno, o infinito que se sobrepõe as nossas mentes, aos nossos corações… E ja nem somos mais um, mas somos uma parte do todo, o todo divino, o todo de Deus que a santa eucaristia nos fará somar.
A hóstia em meu palato… O logos que há em mim encaixa-se e dissolve-se no Logos divino… ainda que por um instante.
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Agora, mesmo ao lado de fora daquelas paredes de pedra que guardam em seu interior o altar de nossos corações, noto que sempre existirá dentro de cada um dos homens a beleza e o amor que nos fazem sentir a Verdade quando ela é posta a nossa frente e, portanto, que sempre iluminará o céu de nossas mentes como um farol eterno a nos guiar.
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Pecadores, pobres coitados fadados ao apodrecer da carne, sempre seremos, mas espelhos de Deus também o somos.
Esta é a dicotomia do homem e também a beleza capturada pelo cristianismo que torna o pecador em santo, o condenado em salvo, o morto em ressuscitado, e das trevas nos trás a luz, da carne o salvador e desde o tempo nos mostra a eternidade e a verdade expressas através da carne, sangue e ossos de um “homem” que espira na cruz e que vence a morte. Trata-se do Chiaro-oscuro que habita a tudo e a todos, pois sem o contraste não há o movimento e este é o pano-de-fundo da própria linguagem do mundo diante de nossos sentidos, de nossa inteligência. A Linguagem que nos abarca e que, através do amor divino, desejamos transcender.
— Marcelo Jatobá de A. Jr.
... Nada novo debaixo do sol 