
Um governo é um grupo formado por grupos de pressões internas em continua discussão, e se estes permanecem coesos entre si isso apenas ocorre graças ao antagonismo contra os grupos de pressões externas os quais, por sua vez, compartilham uma oposição às pautas fundamentais daqueles que se encontram no poder.
Sem discussão interna um governo estagna e morre nas mãos de seus inimigos, entretanto, quando a pressão interna surpassa as coesões de seus agentes, ou as pressões externas, este governo rompe.
Está neste continuo jogo entre relembrar as razões da união e encontrar os motivos de discussão, onde encontra-se o combustível (e meio de controle) sobre a dança dos sentimentos humanos e, por consequência, sobre o dinamismo do poder.
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Se poder é o poder de convencer pessoas a fazer o que se quer, na política atual não há poder maior, ainda que discreto, que daqueles que aglutinam em suas imagens não somente os anseios e desejos de um povo, mas também — e por isso mesmo — a própria expressão do pêndulo da historia.
— Marcelo J. de A. Jr.