
“Jamais vi uma coisa selvagem apiedar-se por si mesma.
Um pequeno e delicado pássaro cairá congelado e morto desde o galho onde repousa, antes que sinta pena de si mesmo.” — D.H. Lawrence
.
A vida em sua forma mais natural, em sua essência selvagem, não vive das lágrimas, da ajuda ou da humilhação, ela vive de si mesma, da continuidade pura e simples, do esforço silencioso e continuo, sem o romance, a angústia ou as fraquezas entremeadas e escondidas por entre os relances de amor próprio e autopiedade que a “vida humana moderna” — com seu culto a fragilidade e a dependência — tão comumente nos impõe como sendo a norma de nossa própria natureza, quando, em verdade, trata-se da solene negação de tudo aquilo o que verdadeiramente somos.
— Marcelo Jatobá Jr.
